quarta-feira, 18 de julho de 2018

FAÇAM VÍDEO MAPPING PRO TITIOOO!1!



Problema
A carência de estudos epistemológicos sobre o aumento prolífico da tecnologia
audiovisual, desenvolvido pelo imperativo industrial e promovido pela produção artística.
Essas recentes tecnologias e técnicas de audiovisual tridimencional, ainda pouco difundidas na
Bahia hipoteticamente tem maior poder imersivo/cognitivo que o formato audiovisual clássico,
bidimensional, o que acarreta maiores responsabilidades por parte dos produtores
audiovisuais.
Há no Vídeo Mapping recursos técnicos que de acordo com Rafael de Oliveira Garcia,
2014, no seu TCC "VIDEO MAPPING: Um estudo teórico e prático sobre projeção mapeada",
podem categorizar as obras de Vídeo Mapping em 2D e 3D, mas mesmo com essas
diferenciações técnicas precisas, há uma gama de recursos e variantes que impedem que as
categorias sejam bem definidas. Por exemplo, nada impede que se use ambas categorias numa
mesma obra, assim como outros elementos, como um suporte histórico-patrimonial (com toda
a poética e signos ou símbolos históricos). Uma categorização conservadora seria a de fazer
um levantamento dos tipos de Vídeo Mapping em destaque, e analizar as técnicas usadas com
maior frequência em cada caso.
A literatura sobre audiovisual se refere principalmente a formatos técnicos de suporte
das obras (VHS, DVD, Digital, etc), por outro lado também há definições narrativas sobre as
obras audiovisuais (Documentário, Ficção, Curta-metragem, etc), mas há pouca literatura
sobre a experiência do ponto de vista cognitivo do espectador, nos Formatos Audiovisuais
contemporâneos, que quebram principalmente o paradigma da bidimensionalidade das obras
(Vídeo Mapping, 3D, holograma, locative media em geral, etc).
A quebra do paradigma da bidimensionalidade implica numa mudança na experiência
cognitiva do espectador?
De quê forma a narrativa, o suporte técnico e o código ontológico de comunicação das
obras audiovisuais, convergem para a consolidação de formatos audiovisuais epistemológico-
congnitivos?
Será o teatro uma experiência audiovisual, como convenciona-se dizer sobre a TV e o
Cinema?
É possível classificar Formatos Audiovisuais de acordo com a experiência cognitiva?

Essas são as inquietações que motivam a minha pesquisa, inserida no campo da
Epistemologia da Comunicação, que em tese estaria inserida na linha de pesquisa de Estudos
Interdisciplinares em Desenho, pela mudança de paradigmasespecíficos no tipo de desenho e
sua interação como fonte/formato e espectador.A essência desses desenhos tridimensionais
contêm códigos semióticos inéditos, ao menos desde o seu advento no final do século
passado,e podem configurar novas fontes de conhecimento.

Tema
Vídeo Mapping, dentro os formatos audiovisuais tridimensionais, é o formato que tem
uma relação peculiar com a representação do desenho ao ponto de ser questionável se o
mapeamento dos contornos dos objetos é um desenho, já que no estado de mapeamento a
representação é igual ao objeto. Para Victor Vasarely não há contornos ou os contornos são
arbitrários e convencionais, nessa perspectiva o mapeamento é um desenho na sequência
animada do mapeamento, os frames que buscam enganar a percepção, em si, são desenhos
porque tem uma existência própria e representam a localização anterior ao objeto mapeado.
Em suma, quando o mapeamento está no mesmo local do objeto é um decalque do
objeto, quando se move é uma projeção gráfica que busca representar fisicamente o objeto.
Há mais recursos de exploração gráfica do vídeo mapping enquanto desenho no vídeo
mapping enquanto desenho no vídeo mapping 3D que no 2D, apesar que no caso específico
dos contornos dos objetos é sempre 3D. O Vídeo Mapping 3D transforma os objetos em
desenhos animados.
No artigo intitulado FUSÃO PROJETUAL, MOVIMENTO BETA E ANAMORFOSE, TÉCNICAS
VISUAIS PARA O VÍDEO MAPPING, discuto a Psicologia da Percepção no Formato Vídeo
Mapping. Ainda há uma lacuna teórica sobre o que é o Desenho e como essa definição se
relaciona fenomenologicamente no Vídeo Mapping, mas pelo exposto será uma definição
sobre o desenho como representação, da qual tive conhecimento ao longo das disciplinas..

Objetivos Geral
Colaborar na produção acadêmica sobre os formatos audiovisuais, na definição do
conceito de formato audiovisual, conceito que também pode ser utilizado, o de formato, em

outros estudos da ciência humana como a Filosofia da História, na medida em que se discute o
essencial de um fenômeno e o seu veículo. No caso do Vídeo Mapping e no audio-visual
clássico, é talvez mais clara a divisão entre formato e essência ou conteúdo, mas a poética
diferente do Vídeo Mapping, tal como apontado por MORAES (2014), na sua dissertação de
mestrado intitulada Video mapping: inquietações para uma poética, modifica a complexidade
e a capacidade comunicacional, inclusive pela simbologia ou signos do suporte onde se projeta
(tradicionalmente locais de memoria patrimonial), ou simplesmente pela cognição ou
fenomenologia tridimencional em si.

A Analisar ontologicamente a experiência cognitiva do espectador para com obras de
Vídeo Mapping, 3D, hologramas, etc, como contraponto ao audiovisual tradicional do século
XX.
Analisar o Vídeo Mapping, 3D, hologramas, e desenvolver um arcabouço teórico para
compreender futuros fenômenos de experiência visual. Do ponto de vista da História do
Desenho, desenvolver conceitos epistemológicos sobre o advento desses fenômenos
sensoriais/visuais.
Desenvolver um amplo debate sobre os “Formatos Audiovisuais” do ponto de vista do
espectador e sua experiência, em busca de uma ontologia audiovisual, analisando o fenômeno
antropológico a partir do teatro, como origem do audiovisual.
Desenvolver um debate acadêmico, com outros pesquisadores de temas circunscritos ao
VideoMapping, 3D, Ciência da cognição, Comunicação, etc, em busca do desenvolvimento de
uma Epistemologia dos Formatos Audiovisuais, defendendo a priori a tese de que a
experiência tridimensional configura um Formato com códigos distintos aos do Cinema e TV,
bidimensionais.
Analisar sociologicamente o fenômeno dos formatos audiovisuais tridimensionais no
contemporâneo digital, conectado por redes sociais, levando em consideração o fenômeno
holístico, socioeconômico, histórico, etc.
Pesquisar o desenvolvimento de obras narrativas literárias nos “Formatos”
tridimensionais.
Desenvolver Vídeo Mappings próprios, com narrativas literárias, equiparando seu status
narrativo ao de obras de Cinema e TV.

Objetivos Específicos
Analisar sob vários aspectos a evolução da imersão, como a coginção humana, a
interatividade, portabilidade, usabilidade, etc.
Pesquisar sobre a Hisória do Vídeo Mapping no Brasil e na Bahia.

Hipóteses, o quê se espera encontrar:
A constatação de que a realidade virtual é a maior ferramenta de didática por causa da
imersividade.
Que o poder semântico do vídeo mapping como narrativa patrimonial material é muito
poderoso também.
Que existe uma tendência e um desejo pelo audiovisual tridimencional interativo, como
o holograma, refletido na ciência ficção.
Que já há indícios de que no futuro cada tecnologia audiovisual vai se formatar
naturalmente de acordo com seu potencial.

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