sábado, 23 de setembro de 2017

Romero Britto, o maior gênio da pintura até hoje.

Em algum lugar na literatura teórica da arte, simplesmente se diz que o objetivo de toda arte não-crítica, não-iconoclástica, é conquistar o mundo... Os artistas são como os tenistas, os gladiadores, ou qualquer outro bacharel... E ainda que os tempos mudem os paradigmas da comunicação da sociedade, é muito melhor que os bachareis em geral, sejam bons bachareis, e não necessariamente bons pensadores, bons intelectuais... Marcelo Rios, todo mundo sabe, é uma pessoa grossa e desconcertantemente simples, Ayrton Senna francamente era muito caipira, gênios do esporte... Godard era um gênio intelectual... Cézzane não conseguiu que sua visão, sua linguagem, suas equações estampassem o mundo inteiro, naquela época não-globalizada. Romero Britto pode ser a representação visual dos anos 2000-2010, como o modernismo de Niemeyer e Athos Bulcão foram nos anos 50-60... E quem não gosta se mais ou menos burro, sem dúvidas é mais do contra que as massas... Se as massas são ou não são geniais, ninguém pode contra as massas, parece que não se movem, mas dá pra ver como as nuvens se movem... As massas de carne. Romero Britto representa o gozo das massas no pós-moderno, sem críticas e sem questionamentos capciosos, como qualquer arte dos artistas bachereis da sua linguagem... Picasso não conseguiu estampar o mundo com sua visão, mas num mundo sem cadernos, celulares, sem plotters fica difícil pensar em de fato materializar o mundo com a própria linguagem. Ser ou não ser pop é sobretudo muito difícil, pop é mais um status que um gênero...

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