Entre Deus e o ateísmo, na vida das pessoas, está a cultura como as pessoas vivem... Na vida há dificuldades, muito poucos tiveram a sorte de ter bons pais muito sensatos e responsáveis, então a maioria das pessoas está a mercê das intempéries da vida, em maior ou menos grau ameaçados pela morte... Na vida humana e sua cultura, todos estamos condicionados à morte mais cedo, mais tarde ou basicamente a qualquer hora... Como ateísmo trata apenas das questões existenciais impessoais da vida, e a vida humana é tão imprevisível na sua subjetividade, ainda que fechada em estruturas sociais rígidas, a margem de probabilidades em todos os aspectos pode ser tão severa nos seus riscos, que a superstição no ateísmo, na vida líquida, subjetiva, no contemporâneo, tem um caráter de torcida pelo favorecimento das probabilidades... Em síntese: A vida mesmo sem Deus é imprevisível, o niilismo é o mais coerente mas é perigoso já que não faz a diferença entre viver ou morrer... A condição humana é infinitamente complexa (ainda pode-se considerar a capacidade de perceber e avaliar a boa sorte, também subjetivas, e o processo sentimental da sorte nas pessoas). Mas agora sim em síntese: A vida no capitalismo selvagem, no neoliberalismo, ou a vida enfim, também é uma questão de sorte, de probabilidades, psicologicamente a superstição seja um incentivo à felicidade ou à atenção e ao estado alerta das pessoas, religiosas ou não.
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